De Santa Elena a Caracas
Com os novos amigos feitos pelo caminho rumo ao Monte Roraima, ajustamos para sairmos no mesmo ônibus em direção a Caracas.
Minha idéia era chegar até Santa Marta, na Colômbia, e ter um período revigorante no Parque Natural Nacional Tayrona. Um pouco do Caribe e daqueles sucos maravilhosos!
Saimos: dois japoneses (Junko e xxx) e o Norte Coreano!
Primeiro desafio era depositar as bagagens no ônibus. Era tanto bagulho naquela ônibus! Juro que vi um pequeno freezer entrar no bagageiro!!! Como chegamos quase na hora justa da viagem, nossas bagagens eram as últimas. Tínhamos dúvidas cruéis que nos assolavam! Deixar dinheiro na mochilona? levar na bolsa de mão? Eu ando com tudo grudadinho no meu corpo! Verdade!
Perdi logo de cara meu alicate de unha, porque eles revistam e tiram qualquer coisa pontiaguda da bagagem. Não sabíamos disso. O Norte Coreano perdeu seu canivete. Que pena!
Como sabíamos que íamos ser revistados pelos guardas na estrada, eu fiz uma tranquinagem! Deixei logo um pacote de absorvente de cara em cima da mochila! Vou contar o resultado depois...kkk
No "apagar das luzes". Nossas mochilas foram as últimas que entraram. Ufa!!Senão tivesse espaço pra elas teríamos que pegar outro ônibus! Mas não ia ser menos lotado...
De Santa Elena a Caracas são xx horas de viagem. Tivemos várias paradas para revista de bagagens.
Você é convidado a sair do ônibus pelos soldados e a pegar sua mochila no ônibus e tem que abrir sua bagagem toda. Dependendo de sua cara, pode ser bem tranquilo ou não!
Meu método de organização dos absorventes funcionou. Ao abrir a mochila, surge aquele pacote de "modess" noturno na bagagem. O soldado pegou com a ponta dos dedos de nojo e ficou com vergonha de amassar pra ver se tinha algo dentro. Tentei falar em espanhol que eu poderia tirar o restante das coisas e ele disse que não precisava,
Eu morria de rir por dentro, queria que a Junko tivesse visto isso!
Tivemos mais revistas, porém tranquilas, em uma nem precisei abrir a mochila. Outra eles só entraram no ônibus e olharam debaixo dos bancos e nos bagageiros.
Chegamos na rodoviária de Caracas e descobrimos que não podíamos fazer câmbio. Tínhamos trocado todo os nossos bolivares em Santa Elena. Ninguém aceitava dólar. Tivemos que sair da rodoviária para procurar um banco. Assim pude ver a cidade, mas muito rápido.
Eu resolvi com o pouco de tempo pegar um ônibus do centro para ver a cidade e voltar ao mesmo ponto. Deu certo! Normal como toda grande cidade na América Latina (Latinha!)
Como eu era a única latinha americana do grupo, sempre havia uma consulta por parte dos colegas. Mas eram bem descolados!!
Eu peguei o ônibus para Santa Marta sozinha, eles ficaram em Caracas. Tive saudades das conversas e piadas do caminho, mas a separação foi necessária! Eles disseram que se não fosse muito longe iam comigo...
Tuuuuudo beeem.
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